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domingo, 17 de junho de 2012

Por que Greve Estudantil na UFG?

Comunicação 002
GREVE ESTUDANTIL NA UFG
COMANDO DE GREVE ESTUDANTIL
15/06/2012

As greves geralmente nos preocupam por pensarmos nos prejuízos (como atrasos) que elas podem nos provocar. Contudo, é preciso compreender que essa mobilização, que foi iniciada nacionalmente no dia 17 de maio de 2012, tem como objetivo resistir a grandes prejuízos que podem nos afetar futuramente. A paralisação docente, que se iniciou no dia 11 junho na UFG após deliberação na Assembleia convocada pela Adufg e realizada no dia 06 de junho, é uma forma que os professores (trabalhadores) têm de resistir à uma série de propostas de mudanças para o plano de carreira do magistério superior. A proposta foi apresenta em agosto de 2010 e até hoje as negociações não caminham ao agrado dos docentes (inclusive com acordos não cumpridos), sendo que o prazo final para a votação da mesma é 31 de agosto de 2012.

As mudanças propostas no novo plano de carreira afetariam diretamente as condições do trabalho docente, como pode ser visto no Comunicado Nº 002 do Comando Local de Greve Goiânia. São propostas que alteram, por exemplo: a forma de ingresso, que passaria a ser, independente de titulação, somente no primeiro estágio, significando pelo menos 24 anos para alcançar o ponto máximo da carreira; a progressão que passaria a ser determinada por avaliações segundo os critérios do MEC e externas à Universidade, significando perda da autonomia das instituições; a posição dos aposentados nos enquadramentos, que ficariam fadados a ter seus vencimentos reduzidos; redução drástica do valor recebido pela insalubridade e periculosidade das atividades de alguns professores, e centraliza nas reitorias as administrações e decisões quanto aos financiamentos dos projetos de pesquisa, especialização e extensão.

Em geral, são mudanças que devem ser bem compreendidas, pois desvalorizam e precarizam o trabalho docente, afetando diretamente os estudantes, afinal boas condições de trabalho, de pesquisa e de extensão são necessárias para garantir uma formação universitária de qualidade. Além disso, é preciso atenção às precárias condições estruturais em que algumas universidades têm funcionado no país, vale lembrar o caso de um ventilador que caiu sobre uma aluna no campus Cidade de Goiás.


No exercício do direito de "zelar pelos interesses dos estudantes e pela qualidade do ensino que lhes é ministrado", conforme consta no Artigo 163/I do Regimento Geral da UFG, comunicamos aos estudantes e à comunidade acadêmica da Universidade Federal de Goiás que por meio da Assembleia Geral Estudantil, convocada pelo Diretório Central dos Estudantes da UFG, realizada no dia 05 de junho de 2012, foi deflagrada Greve Estudantil a partir do dia 11 de junho de 2012. Na segunda-feira, dia 11 de junho, em Assembleia Geral Estudantil foi deliberada a criação do Comando de Greve Estudantil.

Os estudantes da UFG não apenas apoiam a Greve nacional dos docentes, mas objetivam uma greve estudantil com pautas específicas. Chamamos uma greve estudantil para lutar por:
  • Uma educação pública, gratuita e de qualidade;
  • 10% do PIB para a educação;
  • Apoio ao movimento de greve nacional da educação, especialmente apoio às reivindicações de carreira dos professores;
  • Contra o REUNI: por uma Política Alternativa de Expansão da Universidade. Exigência de uma avaliação qualitativa dos impactos do REUNI sobre a UFG com a participação dos estudantes;
  • Isonomia entre os campi quanto à qualidade do ensino e a assistência estudantil (que os campi do interior também tenham RU, casa do estudante e bolsas, assim como estrutura e professores Dedicação Exclusiva, entre outras coisas);
  • Pela qualificação da assistência estudantil com mais recursos e melhores aplicações;
  • Debate amplo e público sobre o Plano Nacional de Educação;
  • Transporte público de qualidade com passe-livre integral para estudantes;
  • Gestão pública dos Restaurantes Universitários e fim das terceirizações e privatizações;
Convidamos todos os estudantes da Universidade Federal de Goiás para unirem forças em nome da Educação. Chamamos todos para que venham construir o Comando de Greve Estudantil, ratificando que quanto maior a união e a ação, maiores são as chances de que a greve termine rapidamente e que suas reivindicações sejam atendidas.

Informamos também nesse comunicado o apoio e solidariedade dos estudantes da UFG à greve dos servidores técnicos em reivindicações de melhores condições de trabalho. E, nessa direção, defendemos uma união entre docentes, discentes e servidores técnicos administrativos a fim de construir um movimento conjunto em prol de uma Universidade pública, gratuita e de qualidade.


COMANDO DE GREVE ESTUDANTIL

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