Inicio

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Direito Estudantil de Greve e Assédio Moral - Comunicado 001

Comunicação 001 – à Reitoria da UFG

GREVE ESTUDANTIL NA UFG
COMANDO DE GREVE ESTUDANTIL

14/06/2012

A GREVE GERAL é uma realidade na UFG. No dia 05 de junho de 2012, em Assembleia Geral Estudantil convocada pelo DCE (Gestão Ouse Falar), aprovamos apoio à greve docente e deflagramos GREVE ESTUDANTIL para o dia 11 de junho.

No dia 06 de junho de 2012, em Assembleia Geral de Professor@s convocada pelo sindicato ADUFG, a categoria deflagrou GREVE DOCENTE para o mesmo dia. No dia 12 de junho de 2012, em Assembleia Geral de Servidor@s, a categoria deflagrou GREVE DE SERVIDOR@S. Greves que se articulam nacionalmente em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. O transcorrer da deflagração de greve entre docentes instaurou dúvidas na comunidade acadêmica de forma que há colegas e professor@s aguardando o desenvolver das negociações e definições para manifestare-se. A Greve Estudantil está acontecendo. Trata-se de uma mobilização
discente a fim de exercer o direito de zelar pelos interesses d@s estudantes e pela qualidade do ensino que lhes é ministrado, conforme consta no Artigo 163/I do Regimento Geral da UFG.

As atividades da greve estudantil têm sido questionadas por docentes que se resguardam o direito de não adesão à greve da categoria. Argumentam que tais ações ferem o direito de não adesão ao supostamente impedirem o prosseguimento de atividades acadêmicas. O Comando de Greve Estudantil esclarece que as atividades têm tido caráter formativo uma vez que a desinformação sobre as reformas na educação, especificamente em nível superior, sobre as motivações docentes, discentes e de servidor@s etc. para a greve impede uma escolha livre e esclarecida.

Por outro lado, o Comando de Greve Estudantil tem recebido denúncias de assédio moral por parte de docentes e gestor@s em unidades diversas da universidade que ferem o direito de greve estudantil, a livre associação e o próprio movimento estudantil. Há tentativa de impedir que estudantes adiram à GREVE ESTUDANTIL sob ameaças de serem penalizad@s por meio de frequência e avaliações.

Apesar de não existir um aparato legal especificamente para uma greve estudantil, salientamos também que não há nenhuma proibição, inclusive na história de luta do povo brasileiro e dos povos do mundo em geral, aconteceram e acontecem várias greves de estudantes. Exemplos que podemos destacar: a greve do 1/3 de 1962, a greve da USP e da UNIR em 2011. Nessa greve nacional, em várias universidades, concomitantemente ao movimento grevista d@s professor@s e servidor@s das Instituições Federais de Ensino Superior, @s estudantes têm se mobilizado e paralisado suas atividades acadêmicas, construindo pautas próprias de reivindicações. Podemos citar como exemplos: UFF, UFRJ, UNB, UFSC, UFS, UNIFESP, UERJ, UFLA, dentre outras.

Na FACOMB, nos cursos de Geografia, Ciências Biológicas, Ecologia, Matemática, Física, entre outros, professores continuando cobrando presença e atividades avaliativas como formas de coação dos estudantes. Essas atitudes representam um desrespeito às decisões legitimamente tomadas pel@s estudantes da UFG, em assembleias gerais, que são previstas pelo Estatuto da UFG e pelo Código Civil, como instâncias máximas de deliberação.

Solicitamos, por conseguinte, que a reitoria da Universidade Federal de Goiás emita nota esclarecendo à comunidade acadêmica quanto à garantia do direito de greve estudantil. De forma que cada estudante possa optar livremente pela adesão ou não à GREVE ESTUDANTIL e tenha garantido o direito de negociação coletiva para o retorno às atividades acadêmicas sem prejuízo algum.

Comando de Greve Estudantil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário